Toda vez que vou embora de um lugar que estou conhecendo bate certa angustia, um medo de não poder ver novamente, é um sentimento de saudade que nunca passa.
A vontade de conhecer o Uruguai era tão grande, que ao mesmo tempo existia o medo de me decepcionar e que a magia desaparecesse. Mas o que se faz quando depois de alguns dias, se sente pertencente a um local e um amor tão grande, quase impossível de explicar?
Onde a magia da Casa Pueblo lhe faz respirar a arte e se sentir agradecido de poder estar naquele lugar; onde o balanço das rodas sobre as dunas de Cabo Polôniose faz refletir como o mundo é belo e que o horizonte é um pressagio do futuro; onde o por do sol hipnotiza e rebate os sentimentos mais profundos; onde as pessoas passam com uma calma por sua vida, como as marolas do Rio da Plata; onde as refeições se transformam em verdadeiros rituais de contemplação da união de culturas; onde as ramblas se faz viver dentro de um romance dos mais belos; onde mistérios da história se escondem nas paredes de seus castillos; onde em uma Playa Brava surge Los Dedosrenascendo para o amanhã; onde simplesmente observar o cultivo do fruto da bebida dos deuses pode ter efeitos arrebatadores na memória; onde o ritmo do candombe te faz aguçar os sentidos; onde o centenário te tira o folego com e arde a garganta pela ânsia pelo gol; onde a paixão por esse país faz um artista virar o mapa de ponta cabeça para mostrar que seu Uruguai é o mais importante; mas onde tem a alavanca que faça o tempo parar para reviver tudo isso?
Só sei que como Mijuca, “eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo com apenas o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade” e que eu possa conhecer novos e reviver todos os momentos que se transformam em sonhos em minhas memórias.
Dia de acordar cedo fazer as malas e ir embora da Casa Bikini, mas não de Punta del Este.
Quando estávamos pesquisando a nossa estadia em Punta, ficar mais um dia na Casa Bikini iria ficar muito acima do nosso target, pois o valor quase duplicava, assim fomos em busca de novos hotéis/hostels/posada. Depois de muitas pesquisas encontramos o Gin Kovas, cerca de 5 minutos da Casa Bikini, que não tem nada do glamour da Casa Bikini, mas é um lugar para quem tem uma margem pequena para gastar em Punta e se também estiver de carro.
Depois de nos acomodarmos no Gin Kovas, partimos para conhecer mais um pouco de Punta del Este, como o famoso porto e as redondezas.
Caminhamos por ali, para ver os barcos e também os lobos marinhos, na verdade vimos apenas um animalzinho.
Decidimos almoçar por ali e fomos conhecer o restaurante La Mareae logo após ali do lado fica a sorveteria Il Porto , tudo em um mesmo complexo, com a mesma bela vista proporcionada pelo La Mare.
O sorvete ali é muito bom, e vale muita a parada. E o sabor mais tradicional não podia ser outro, o de Doce de Leite.
Após essa atividade gastronômica, resolvemos voltar para a Playa Bikini para curtir a nossa ultima tarde de praia na cidade, já que no próximo dia estaríamos voltando para o Brasil.
Mais uma noite estava chegando e o destino em mente era o Casino Conrad, mas devido a quantidade de transito em La Barra, resolvemos conhecer mais por ali mesmo.
Caminhamos e conhecemos algumas lojas e eis que resolvemos para jantar no Pura Vida, na verdade não foi uma escolha que digamos assim, a dedo, era o que estava mais tranquilo.
Andando pela rua principal de La Barra, um prédio todo na cor vermelha chama a atenção, é o Pura Vida Restó
O restaurante inaugurou em 2009, e o cardápio conta de chivitos a pescados.Não foi meu restaurante predileto no Uruguai, mas tem o seu charme. Um fato que achei bem estranho, pois em diversos sites tem ótimas indicações.
Gostei muito do atendimento, principalmente por estar com frio na noite que visitei o local, pois estávamos sentados na parte aberta do restaurante e eles me deram uma mantinha para esquentar as pernas.
Após uma bela ultima refeição na cidade de Punta del Este, seguimos ao nosso refugio, para dormir um pouco e seguir para Montevidéo e se despedir desse país maravilhoso, mas isso fica para o próximo post.
Dia após festa, vivemos como um local, começando as atividades próximo ao meio dia.
Acordamos e curtimos um pouco a piscina e mais tarde resolvemos ir almoçar no Parador da Praia Bikini, e para quem acompanha o blog sabe que sempre faço um post destinado a cada um dos lugares, mas sinceramente esse parador não merece assim tanta atenção, de verdade gente, o preço dele é alto e não é assim nenhum lugar maravilhoso, mas também não é um horror, o qual eu diga saia correndo.
Passamos a tarde curtindo a praia a agitação que ela nos proporciona.
Mais uma noite em Punta del Este, e seguimos mais uma vez para a Rua do Porto. Ali ficam vários bares um do ladinho do outro, eis minha percepção:
Napoleão: mais conservador, familiar e um público mais velho;
Soho: descolado, tranquilo para um público 30/40 anos;
Moby Dick: o mais famoso e badalado, público de 25/35 anos, mas você encontra todas as idades.
Mambo Club: o espaço da galera bem jovem, faixa dos 20 anos embalados pelo som do reggaeton.
Mas antes de seguir para os bares, que tal uma paradinha para jogar?
Foi o que fizemos, fomos até o Cassino do Hotel Conrad e apostamos algum dinheirinho, e até ganhamos alguns pesos.
O hotel Corand é emblemático na cabeça de muita gente e transpira elegância e ostentação, como o carro todo envelopado.
Dessa vez escolhemos o Soho, pois nessa noite não estávamos muito animados para festas e ali estava tocando uma música ao vivo tranquila, um clima bem gostoso.
O Soho oferece vários tipos de pratos, de sushi a hambúrgueres. E ali também é um ótimo lugar para ver a agitação dos seus bares vizinhos e quem sabe não anima para continuar a noite.
Dia 31 de dezembro, último dia do ano e como fechar melhor o ano em Punta del Este, do que dando um pulinho em Punta Ballena para conhecer a Casa Pueblo.
Sim, a famosa Casa Pueblo fica em Punta Ballena, município ao lado de Punta del Este, por isso muita gente fala que a Casa/Museu fica na cidade de Punta.
No dia acordamos meio que querendo praia, mas fomos fortes e fomos conhecer a atração, que do nosso hotel dava cerca de 40 minutos.
Passeamos pela Casa Pueblo (conto mais dela aqui) e tiramos várias fotos para posterioridade hahahaha, voltamos para a Bikini Beach para poder curtir a piscina e a praia e também se preparar para a festa de Ano Novo.
Como eu conto aqui, Punta del Este tem diversas festas de réveillon, mas nós escolhemos passar a virada na OVO Club, no Conrad Hotel, fato que fica para outro post para falar da nossa festa.
Hoje é dia de conhecer um dos mais belos povoados do Uruguai.
Fica localizado no Departamento de Rocha, cerca de 260 km de Montevideu, é cercada por dunas e em sua costa existem três pequenas ilhas chamadas de La Rosa, El Islote e La Encantada, as quais são moradas de lobos marinhos. O balneário fica cerca de 7 km de distância da estrada mais próxima.
A população moradora da ilha é bem pequena, que consiste em artesões, pescadores e alguns funcionários do farol do balneário. Cabo Polonio não tem energia elétrica, mas muitos dos locais tem geradores. A internet (wi-fi) funciona apenas por uma hora por dia.
Existem alguns ônibus que vão até a reserva pela empresa COT e da Rutas del Sol até a entrada do parque que fica no Km 264,5 da Ruta 10. Ali, além da entrada do parque tem um estacionamento que custa 170 pesos por 24 horas e o caminhão que passa pelas dunas de areia para chegar até Cabo Polonio custa 170 pesos por pessoa.
Confesso que Cabo Polonio não é para todos os tipos de viajantes, digo para se hospedar lá. Eu tinha uma vontade de louca de conhecer o local, mas não sabia se teria vontade de dormir lá. Após uma reflexão, fico pensando que perdi essa oportunidade que quem sabe em um futuro não realize, de poder ver o céu em Cabo Polonio, pois as estrelas devem ser muito mais brilhantes por lá.
Mas vamos falar da minha experiência:
Saímos umas nove horas do hostel de La Paloma e cerca de meia hora estávamos entrando no estacionamento para pegar o caminhão em direção a reserva. A principio existe horários para as saídas dos caminhões, mas assim que enche eles partem, mas se quer sentar em assentos, digamos que com vista privilegiadas, é melhor tentar ser o primeiro da turma, mas fica a dica: balança pra caraça! Hahaha.
Depois de cerca de 20 minutos atravessando as dunas (ah! Você pode fazer a travessia a pé, mas é uma caminhada longa em areia fofa).
Daí você até o vilarejo e ali é hora de caminhar, conhecer as praias, as pedras cheias de lobos marinhos e o farol.
Nossa primeira passada foi uma andada pelo vilarejo em direção ao farol, o qual ali te proporciona belas paisagens, além da oportunidade de subir no farol, que custa cerca de 20 pesos. Confesso que já tive experiência desagradável de subir em locais apertados, portanto resolvi esperar os amigos no chão (aventureira nível 0).
Dali seguimos visitando as pedras cheias de nossos amigos barulhentos lobos marinhos. É o contato com a natureza, não tem muito o que descrever, é incrível e vale a visita.
Depois fomos almoçar no restaurante Lo de Dany (Dany é o Chef proprietário do restaurante, tem um vídeo dele aqui )
Minha opinião sobre o restaurante, é que ele não tem nada de extraordinário, mas se você pensar que ele esta em uma reserva natural, ele é sensacional.
Não me recordo do valor exato da refeição em Cabo Polonio, mas lembro que foi cerca de 70 reais, o que foi um pouco caro, pois não foi nada de especial, apenas uma milanesa com batatas frita.
Saindo do restaurante decidimos voltar para La Paloma, para poder curtir um pouco a praia, pois no dia seguinte partiríamos para Punta del Este.
Enfim, a tarde em La Paloma parece uma parada no tempo, na calmaria do mar, nas cores do céu, simplesmente um tempo para parar e contemplar a vida.
A parada da noite era o centro da cidade de La Paloma, que conta com diversos restaurantes/bares e lojinhas de souvenirs.
Depois de caminhar muito por duas quadras (rsrs), comprar algumas coisinhas, era hora de escolher o local para jantar, assim escolhemos o restaurante Pio Nonno, bem na frente da mini concha acústica da praça da cidade, onde estava tendo um show de palhaço.
O meu prato escolhido do Pio Nonno, foi uma massa de beterraba com recheio de espinafre.
Depois foi a vez de um sorvetinho na Pop, que meu dedeus, o que era aquele sorvete de doce de leite, era a coisa mais gostosa.
E assim terminava nosso dia de aventura, bora descansar que no dia seguinte era dia de pegar a estrada para Punta del Este.
Seguindo pela estrada entre Montevideo e La Paloma, já contei para vocês que passamos por Piriápolis e Punta Colorada e continuando a viagem, pudemos avistar a famosa Punta del Este, mas o foco era chegar o quanto antes em La Paloma.
Após alguns caminhos desencontrados na cidade de La Paloma, que pelo o que a gente entendeu tem duas ruas com o mesmo nome ou a rua se divide, to na dúvida até agora!
Nosso destino era a Calle Centauro, oLa Balconada Beach Hostel, que depois de algumas pesquisas, em muitos sites indicavam e falavam muito bem do hostel; e realmente o hostel é muito bom e legal, adorei ele e a localização é ótima, pena que nossa estádia foi curta em La Paloma.
La Paloma é uma cidade litorânea pequena, que é bem frequentada por pessoas que praticam esportes aquáticos e a praia da La Balconada é um sossego só.
Ao chegar no hostel já nos acomodamos e fomos direto para a praia para aproveitar o visual.
A noite resolvemos jantar no restaurante/parador Punto Sur, nas areias de La Balconada, a qual foi uma bela experiência. Hora de descansar, o próximo dia reserva uma aventura pela reserva de Cabo Polonio.
Era dia de pegar a estrada, e como já contei aqui no blog alugamos dois carros (conto mais aqui), e digamos que essa tarefa nos fez perder umas duas horinhas de estrada, porque deu uma atrasadinha para entregarem o carro. Mas vamos lá, hora dirigir pelas estradas uruguaias, que como já falado aqui é super tranquilo, já comentei aqui.
Nossa primeira parada é a cidade de Piriápolis, e no caminho fizemos uma parada para conhecer o Castillo Pittamiglio (na Ruta 71), que é todo histórico e dizem até que ali esteve o Santo Graal, conto mais aqui do local.